As necessidades não ouvidas, no contexto familiar e social de desenvolvimento pessoal, deixam marcas no corpo, que são ativadas no sistema nervoso em algumas situações de interação social e profissional. Esse é um dos sintomas do Transtorno de Estresse Pós Traumático Complexo, CPTSD.
Eis 10 indícios de que você não foi ouvido em suas necessidades emocionais, quando criança:
1- você fica desregulado quando é ouvido. Se ao ser ouvido, principalmente por um grupo de pessoas que dirigem a atenção à você, você sente estranhamento, vertigens, ou surpreso, pode ser que você tenha se acostumado a não receber muita atenção no seu meio familiar. Alguns outros sinais são: coração acelerado, sudorese, mãos úmidas e um estado de nervosismo, constrangimento ou o conhecido “deu branco”.
2- você fica tenso quando alguém não para de falar. É comum você se irritar com pessoas tagarelas, que ocupam muito o espaço no ambiente de pessoas onde você está, principalmente quando há uma discussão sobre algum tema, as pessoas podem opinar, mas o tempo é escasso. Você pode achar que a pessoa ocupa muito espaço e que fica difícil falar depois que ela começou.
3- você faz intervenções em momentos inadequados. Isso também acontece pois, devido à desregulação emocional ao querer se expressar, há um certo nervosismo que acaba fazendo você intervir em momentos considerados inadequados, interrompendo os outros e não conseguindo mais ouvir o que as pessoas estão falando.
4- você fica bravo ou ansioso quando comunica alguém de uma necessidade não atendida. Quem volta ao corpo do trauma de não ter sido ouvido ou atendido na infância, não consegue falar com facilidade sobre alguma necessidade que não está sendo atendida no momento. Ou acaba não falando, ou acaba se expressando com muita energia, se comunicando de uma forma que pode ser vista como mais agressiva.
5- você fica com a sensação de que tem pouco tempo para falar. Isso pode ser decorrente de ter convivido com pessoas impacientes, indiferentes ou que não dispunham de tempo para te ouvir, de forma que você pode estar carregando essa sensação até hoje, nas suas comunicações, entendendo que tem que ser muito claro, rápido e objetivo para se comunicar, senão o ouvinte te tirará a atenção, mudando o assunto, negando algo ou te criticando.
6- ao falar sobre seus sentimentos, você lacrimeja ou chora. O oposto também pode acontecer, de não conseguir falar sobre sentimentos ou banalizá-los. Isso é um grande indício de que você não foi ouvido ou não foi valorizado em seus sentimentos e passou a reprimi-los.
7- você repete a mesma coisa. Típico de quem não se sente ouvido, repete a mesma coisa, e repete novamente, para garantir a escuta da sua comunicação.
8- você aumenta o tom da voz para ser ouvido. De forma parecida a quem repete a mesma coisa, muitas vezes, ao se comunicar, você sente que precisa falar alto ou gritar para ser ouvido. Isso pode refletir o contexto familiar em que você foi criado, de tentar ser ouvido nos berros, por não ter sido visto e ouvido.
9- você sente medo de falar coisa errada. Críticas e deboches constantes podem ter te marcado na infância, sendo que diante da possibilidade de falar algo inadequado, o seu organismo entra em estado de alerta, por já ter sido rechaçado. E só de pensar em falar algo, você sente a ansiedade em seu corpo.
10- você fica quieto, procurando espaço para falar. E acaba não falando e se sentindo frustrado.
Se você se identificou com a maioria dessas situações, pode ser que você esteja com dificuldades de se expressar de forma confiante em seus relacionamentos pessoais e profissionais, por conta de traumas.
A psicoterapia corporal restabelece os fluxos do corpo e da mente e, assim, pode te ajudar a se expressar de forma mais natural, sem tantas amarras deixadas pela sua história pessoal.
- @fernandalunardi.psiSobre Fernanda Lunardi – CRP 06/159430
É formada pela Universidade Presbiteriana Mackenzie (em ambas graduações), onde focou sua formação e atendimentos na abordagem da Psicologia Analítica, de Jung. Estudou Biopsicologia no Instituto Visão Futuro, onde atuou como facilitadora, Comunicação Não Violenta, no Instituto Palas Athena, e Logoterapia, com Lorena Bandeira. Trabalhou como voluntária no CVV – Centro de Valorização à Vida, e hoje faz especialização em Biossíntese no IABSP.
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